Inauguração dos segredos do coração!

Cheguem, se acheguem, entrem sem bater...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Brincadeira de criança...Chris e Lu


É...hoje resolvemos brincar no consultório como faziamos quando criança.
Dividiamos o mesmo quarto e a pequena Chris pedia-me para tocar " te amo espanhola" no violão solo quase todas as noites antes de dormir...era a forma de pedir: -Irmã, faça-me dormir por favor.
Certo dia assistimos um dos filmes do James Bond, na célebre frase: My name is BOND, JAMES...BOND e aquilo parece-lhe ter se perpetuado na memória da pequena Chris....
Vida-a-vida e não somente dia-a-dia, voltando da escola Lozano ali pertinho da casa onde morávamos na Rua Onze de Agosto, eis que sou surpreendida, a irmãzinha disse-me:
"- My name is TIANE,
CHRIS...TIANE"
Imaginaram? gargalhadas que foram ouvidas pela rua toda...
É TIANE, quem diria que hoje, em meio aos seus áureos 30 anos, ouviríamos o pequeno Rei Arthur lhe chamando de TIANE?
AMO VC!

sábado, 17 de novembro de 2007

H-I-A-T-O...il faut du corage!


Hoje pego-me assim, hiato porque sinto a vida intolerável. Concateno noite e dia com as minhas idéias, apenas porque julgo-me capaz de entender alguns comportamentos quando não me compete entender nada.Isso me dá uma revolta enorme...
Mas também nem sempre me compreendo.

Estou perfeitamente à vontade comigo sim e às vezes penso que ao meu redor não há nada além de elefantes brancos, assim como eu mesma devo parecer aos outros. Tenho essa dimensão da realidade hoje.
Perco-me ao tentar descobrir onde há gente, o respeito, amor, lealdade no mundo?
E, eu sei?
Traços incontestáveis de absoluta retidão podem parecer a mais absoluta intolerância e passamos por monstros aos olhos medíocres e ao meu modo, ainda me abalo com o não merecimento das pessoas, como se eu fosse um ser que não vivesse além o meu tempo.

Amada e talvez incompreendida Clarice é que estava mesmo certa: "suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato, ou toca ou não toca".

É isso...é necessário entrar em contato, ir profundamente na essência só assim se pode senti-la e para tal meus caros, il faut du corage! É necessário coragem!

E isso é, como gosto de dizer ,
a mim muito SIMPLES...as pessoas é que complicam.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

L'amour


L'amour a son instinct,il sait trouver le chemin du coeur comme le plus faible insecte marche à sa fleuravec une irrésistible volonté. (Balzac)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

ÔoÔoÔoô, Alôôôôôô, Oláááá...


Bem parar quem não me conhece...
Luciana e Grace Gianoukas diretora e atriz do Terça Insana
Indaiatuba,10/11/07.
Prestenção! Pessoa Maravilhosa.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Se perguntarem o que é o amor para mim...


"Me disseram uma vez que o danado do amor pode ser fatal...


Quando a gente ama brilha mais que o sol,

é muita luz, é emoção ...o amor...

Quando a gente ama é o clarão do luar,

que vem abençoar, o nosso amor..."

Viver não dói....S-I-M-P-L-E-S assim:


E já dizia Drummond...


"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,faz perder também a felicidade."


quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Da maturidade..viva meus 35 anos...


Eu cá entre meus textos de Clarice, mesmo sem me cansar de ler e reler ainda me surpreendo com passagens que são exatamente detalhes que em nosso íntimo conhecemos e, que, por alguns momentos parece que esquecemos.

Os meus 35 anos são para mim uma delícia. E caminha junto com o fantástico e assertivo poder de saber o que quero, saber do que gosto, saber realmente em que ponto desejo chegar. Encantadamente cercada por algumas almas (poucas mas generosas e limpas) que não se movem em excessos comigo pelo mais puro respeito e amor a mim.

De fato é isso, sim... a maturidade vem justamente com a capacidade de dizer "não", "de ter a liberdade de não atender um telefonema se o momento for inoportuno" sem que eu me sinta culpada por isso, sem a estúpida sensação de que preciso fazer tudo que as pessoas querem para ser "aceita"...

VIVA MEUS 35 anos...Muito prazer, sou a Luciana.


Dos maravilhosos diálogos entre Tom e Clarice "– Como é que você encara o problema da maturidade? – Tem um verso do Drummond que diz: a madureza, esta horrível prenda... Não sei, Clarice, a gente fica mais CAPAZ, mas também mais EXIGENTE”.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Na ordem da respiração, deixo-me acontecer...

Foto: Rui Povoas

“É com uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humano da dor de separação, mas é grito de felicidade diabólica. Porque ninguém me prende mais. Continuo com capacidade de raciocínio — já estudei matemática que é a loucura do raciocínio — mas agora quero o plasma — quero me alimentar diretamente da placenta. Tenho um pouco de medo: medo ainda de me entregar, pois o próximo instante é o desconhecido. O próximo instante é feito por mim? Ou se faz sozinho? Fazemo-lo juntos com a respiração (...)

Só no ato do amor — pela límpida abstração de estrela do que se sente — capta-se a incógnita do instante que é duramente cristalina e vibrante no ar e a vida é esse instante incontável, maior que o acontecimento em si: no amor o instante de impessoal jóia refulge no ar, glória estranha de corpo, matéria sensibilizada pelo arrepio dos instantes (...)

Meu tema é o instante? Meu tema de vida. Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes em tantas vezes quanto os instantes que decorrem, fragmentária que sou e precários os momentos — só me comprometo com vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim (...)

É de uma pureza tal esse contato com o invisível núcleo da realidade (...). O mundo não tem ordem visível e eu só tenho a ordem da respiração. Deixo-me acontecer (...)”.

(In “Água Viva”, de Clarice Lispector)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Meu barco...


A saudade é como um barco que aos poucos descreve um arco querendo é atracar no cais...

Cenário


"A vida não permite ensaios. Livre como um móbile, sigo o caminho que me parecer mais justo: errar faz parte, ninguém é perfeito. Ouso, acredito, invisto, reajo. Pondero. Interrompo (interrompe-me), percorro (percorrem-me), pauso e recomeço, recomeço, recomeço, sempre que necessário. Eu sou mais um "vivo"... Aposte nisso. (Érica Araium) "